Abdib reunirá empresas para ajudar a viabilizar projetos energéticos lançados pelo governo de São Paulo

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O Governo do Estado de São Paulo lançou, em cerimônia realizada do Palácio dos bandeirantes, dia 7 de julho, quatro iniciativas para aumentar a oferta energética a partir de oportunidades de negócios e investimentos no estado.

Uma das iniciativas aborda a construção do projeto de gasoduto para escoamento de gás natural das reservas localizadas abaixo da camada de sal na Bacia de Santos, chamado Rota 4. A viabilização do empreendimento pode de mandar cerca de R$ 8 bilhões em investimentos, com prazo previsto de operação em 2022 e capacidade de aumentar a oferta de gás natural em até 15 milhões de metros cúbicos por dia em todo o estado.

Outra iniciativa foi o lançamento do edital de chamamento público para empresas interessadas no investimento e na construção de até seis usinas termelétricas a gás natural, totalizando até 1.500 MW, em terrenos de propriedade da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). A ideia do governo paulista é aproveitar a infraestrutura de distribuição de gás natural e energia elétrica já instaladas e ampliar a oferta de energia próxima aos principais centros de consumo – no caso, as cidades da região Metropolitana de São Paulo. As plantas térmicas podem demandar investimento de até R$ 6 bilhões.

Ralph Lima Terra, vice-presidente executivo da Abdib, participou da cerimônia, capitaneada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e pelo secretário de Energia, João Carlos Meirelles. “Vamos reunir as empresas interessadas em participar, como investidoras ou fornecedoras de bens e serviços, nestes empreendimentos, contribuindo para superar as etapas preparatórias e necessárias para os investimentos começarem”, disse Terra. “Temos de encontrar soluções para aumentar a segurança energética e aproveitar o potencial do gás natural que está sendo explorado e desenvolvimento na região do pré-sal”, concluiu.

Uma terceira iniciativa foi a assinatura de um decreto que autoriza a Companhia Energética do Estado de São Paulo (Cesp) a constituir Sociedades de Propósito Específico (SPE) com participação minoritária para investir em projetos de geração de energia, incluindo pequenas centrais hidrelétricas (PCH), biomassa, solar e eólica, por exemplo. Por fim, o governo paulista autorizou a implantação de um programa de geração distribuída de energia elétrica no Complexo Hospitalar das Clínicas, substituindo a geração de reserva existente, suportada por 80 geradores movidos a óleo diesel, por turbinas alimentadas por gás natural. A iniciativa pode requerer investimento de R$ 80 milhões.