O pedido de demissão do presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, sinalizou que o processo de privatização da empresa saiu de cena e já desperta o apetite de políticos do Centrão, e de siglas como DEM e MDB, pela indicação do novo nome para comandar a estatal. Técnicos da equipe econômica, no entanto, tentam evitar a pressão e trabalham por um nome técnico para chefiar a empresa, que seja alinhado ao interesse do governo em vender a companhia.
Na gestão de Ferreira na Eletrobras, venda de distribuidoras, corte de custos e mal-estar com sindicatos
A gestão de Wilson Ferreira à frente da Eletrobras é marcada por privatização de distribuidoras deficitárias, enxugamento da estatal com planos de demissão voluntária e atritos com funcionários, que chegou a chamar de “vagabundos e “safados”. A Eletrobras vendeu seis distrbuidoras deficitárias. A última, Ceal, de Alagoas, foi arrematada em dezembro de 2018 e marcou a saída da estatal no segmento de distribuição.
Eletrobras terá que pagar dívida bilionária a Gerdau
Chegou ao fim uma disputa jurídica entre a Gerdau e a Eletrobras que foi iniciada há 31 anos. A siderúrgica, representada pelo advogado Bruno Calfat, obteve no TJ-RJ uma decisão para que a estatal lhe pague R$ 1,3 bilhão. A Eletrobras foi condenada por causa de uma dívida do empréstimo compulsório, que tem que ser devolvido. Cabe recurso da decisão.
Eletrobras: com saída de presidente, estatal corre risco de ficar cada vez menor, dizem analistas
A saída de Wilson Ferreira do comando da Eletrobras é vista como um fator negativo para a empresa por analistas. Para eles, sem a injeção de capital privado na companhia, a tendência é que a estatal fique cada vez menor, sem recursos para participar de novos projetos de geração e transmissão de energia no país.
Subsídios ao transporte público devem aumentar em São Paulo
Tanto o prefeito Bruno Covas (PSDB) como seus sucessores terão um gigantesco desafio a ser enfrentado nos próximos anos. Em razão da pandemia, segundo dados da assessoria de imprensa da SPTrans, a estimativa de passageiros transportados nos ônibus urbanos em 2021 deve ficar em 2,07 bilhões, volume 22% inferior aos 2,63 bilhões de 2019. Não deixa de ser um alento em relação a 2020, quando a queda atingiu 60%, somando 1,56 bilhão de passageiros. O movimento mais baixo exigiu um subsídio da ordem de R$ 3,315 bilhões e com perspectivas ainda superiores para este ano,
Novos operadores do refino devem despontar no país a partir de 2021
A chegada de novos agentes no setor, no entanto, pode ocorrer não só pelas aquisições de ativos da estatal. Na esteira há 8 horas Empresas do fim do monopólio do setor, empresas vivem a expectativa de tirar do papel projetos de pequenas e médias refinarias, voltadas para mercados locais. A ideia dos empreendedores é concluir este ano o licenciamento e conseguir fechar, mesmo num momento adverso da economia, a equação financeira dos projetos.
Arteris se prepara para novos leilões federais
A operadora de rodovias Arteris, que tem como acionistas a espanhola Abertis e a Brookfield, se prepara para participar do próximo ciclo de leilões, mas apenas os do governo federal. No radar, estão as novas concessões da Dutra, da BR-381 (em Minas), da CRT (Rio-Teresópolis), da Concer (Juiz de Fora-Rio de Janeiro) e as rodovias do Paraná.
CPPIB está perto de fechar comprada Iguá
O fundo de pensão Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) está perto de fazer sua estreia no mercado de saneamento básico no Brasil. O grupo deverá, nos próximos 30 dias, concluir a aquisição de uma fatia na Iguá Saneamento. A participação acionária na empresa poderá chegar a 45,5% do capital.
Cedae tem dez interessados, diz governo
Cerca de dez “grandes grupos” manifestaram interesse até agora em participar da licitação das concessões de serviços da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), informou na sexta-feira o secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Nicola Miccione, em seminário transmitido via internet. A versão em inglês do edital da licitação foi publicada na web também na sexta.
Governo de SP tem plano de leiloar a Emae ainda este ano
O governo de São Paulo se prepara para vender neste ano sua última estatal no setor de energia, a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). A operação, ainda em fase inicial, tem principalmente um valor simbólico: representa o fim de um longo processo de desinvestimento do governo paulista no setor elétrico, que teve início há mais de 20 anos e resultou em grandes privatizações, a exemplo de Eletropaulo, Cesp e CPFL. No entanto, o ativo pode render boas cifras ao Estado. Estima-se uma arrecadação entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão com a alienação do controle da geradora.
Nexway receberá aporte de R$ 1 bilhão do fundo Perfin
A Nexway Eficiência, subsidiária do grupo Comerc Energia, vai receber um aporte de R$ 1 bilhão do fundo de infraestrutura da gestora Perfin, o Perfin Mercury. O objetivo é investir em projetos de eficiência energética, a partir de um modelo em que a Nexway faz o investimento nas tecnologias para redução do consumo de energia e, após a aplicação da solução, o cliente paga mensalmente um valor de acordo com a economia alcançada.
Oi recebe duas ofertas firmes pela unidade de fibra óptica
A operadora Oi, em recuperação judicial, conseguiu receber ao menos duas ofertas vinculantes por 51% do controle de sua unidade de fibra óptica, a InfraCo. Esse foi o último prazo no processo privado para entrega das propostas vinculantes antes do leilão judicial do ativo.
AIE propõe emissão líquida zero em 2050 para setor energético
A Agência Internacional de Energia (IEA) prepara um ‘’roadmap’’ (roteiro) em detalhe para o setor de energia alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Ou seja, o que governos, companhias, investidores e cidadãos precisam fazer em termos concretos, num dos maiores desafios para as economias e sociedades. Em entrevista ao Valor, o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol, mostra-se confiante no crescente engajamento global pela redução das emissões. Ele aponta a energia solar como novo rei nos mercados globais de eletricidade porque está se tornando muito barata.
BR em geração elétrica
O presidente da BR Distribuidora, Rafael Grisolia, disse que a empresa cogita entrar no mercado de geração de energia distribuída. A companhia entrou recentemente no segmento de comercialização de energia elétrica, por meio da compra, em novembro, de 70% da comercializadora Targus Energia, por R$ 62,1 milhões. A aquisição ainda prevê mecanismos de “earn-out” e opções de compra e venda dos 30% restantes de capital da Targus – que possui cerca de 200 unidades consumidoras em sua carteira. “Pode ser que entremos no mercado de geração distribuída, justamente para fazer otimizações por cliente [na área de comercialização]”, afirmou o executivo, em evento on-line da agência epbr.
Eneva planeja usar caminhões para fornecer gás no Norte e Nordeste
Após reestruturar sua área de comercialização em 2020, a Eneva iniciou as primeiras conversas com potenciais clientes para fornecimento de gás. Com a expectativa de desenvolvimento do mercado livre de gás natural a partir da Nova Lei do Gás, atualmente em discussão no Senado, a companhia iniciou a prospecção de clientes para fornecer gás natural e condensado no Norte e Nordeste. A ideia é replicar o modelo de transporte do energético por meio de caminhões, utilizado no projeto Azulão-Jaguatirica, que integra a produção de gás no Amazonas a uma usina térmica em Roraima pela via rodoviária.