Brasil – estamos em obras

569

O que se vê Brasil afora são obras deterioradas de infraestrutura paradas, que consumiram recursos de responsabilidade de todas as esferas de governos. Há sinalizações – e promessas de campanha presidencial – de retomada de obras envolvendo áreas básicas como educação, saneamento, transporte e logística, o que trará impactos positivos à economia gerando negócios e empregos. Para virar realidade é preciso abrir espaço na agenda de gastos públicos e transformar o país em um enorme canteiro de obras, sem negligenciar a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Estimativas da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), conforme o Livro Azul da Infraestrutura – Edição 2022 entregue aos presidenciáveis em campanha, apontam que para reduzir os gargalos ao desenvolvimento são necessários investimentos equivalentes a 4,3% do PIB nos próximos 10 anos ou nada menos do que R$ 430 bilhões, simplesmente o dobro do valor investido em 2014.

O diretor de Planejamento e Economia da ABDIB, Roberto Guimarães, defende a retomada das obras que estiverem mais avançadas e próximas de seu término. Ele justifica o critério como forma de estancar a deterioração dos ativos e os consequentes custos de manutenção e vigilância, de responsabilidade dos municípios, estados ou União.

Um segundo corte feito por Guimarães é do alcance social de obras como creches, hospitais e rodovias que interligam destinos capazes de gerar desenvolvimento. “As decisões devem obedecer a critérios financeiros e sociais”, afirma, acreditando que a retomada já começou na área de transportes com a alocação de recursos, alertando que não se justificam novos projetos e empreendimentos com obstáculos ambientais que precisam ser removidos.

 

PORTAL TRENDS CEARA