O Índice Abdib-Vallya de Infraestrutura, composto por variáveis dos setores de rodovias, ferrovias, aeroportos, portos, energia elétrica e telecomunicações, registrou uma queda de 0,58% em novembro de 2022 quando comparado com o mês anterior, excluindo os efeitos sazonais. Esse resultado significa uma contração de 2,61% em relação a julho de 2022, mês em que o Índice atingiu o maior valor registrado desde o início da série dessazonalizada, em janeiro de 2012.
Esse valor dá continuidade à retração verificada em agosto de 2022, de -0,85%, criando uma expectativa de redução do Índice. O acumulado no ano indica uma evolução de 4,09%, enquanto o máximo no ano foi de 5,85%, em julho.
Com base nas séries dessazonalizadas de cada variável componente do Índice, verifica-se que o modal ferroviário voltou a apresentar uma retração significativa no mês de novembro, com uma variação de -5,24%. Esse resultado contrasta com o do mês anterior, quando foi registrada alta de 3,01%. No ano, chega-se a um acumulado de -1,19%, muito inferior aos 5,35% observados até julho de 2022.
O setor de rodovias apresentou o quarto mês consecutivo de retração, com um valor percentual de -1,26%. Embora o resultado verificado em novembro ainda não esteja muito distante da média obtida desde fevereiro de 2022, a queda em relação a julho/22, mês do maior valor atingido no ano, é de 3,79%.
Destaque para o setor aeroportuário, que apresentou sua primeira retração desde março de 2021, na ordem de -0,05%. Embora esse valor seja pouco significativo, quando analisada a evolução da série dessazonalizada dessa variável, percebe-se que já há quatro meses não se registra uma variação positiva superior a 1,00%.
Referente ao setor de telecomunicações, em novembro de 2022 foi observada a segunda redução consecutiva do indicador, com retração de 1,70% em relação a outubro. Não eram registradas duas ou mais quedas em sequência desde junho de 2020. Com esse resultado, o setor regride ao mesmo patamar de março/22.
Por fim, o setor de energia, importante termômetro dos demais segmentos da economia, avançou 0,65% em sua série dessazonalizada. Esse resultado sucede uma sequência de duas variações negativas consecutivas. No ano, esse componente do Índice acumula variação positiva de 1,24%. Mantém-se, portanto, a percepção de uma recuperação gradativa e lenta da economia brasileira.