Os dados divulgados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) referentes ao mês de outubro indicam que a recuperação no setor aeroportuário, embora homogênea, continua em ritmo lento, principalmente no que diz respeito ao transporte de passageiros. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o mês de outubro registrou queda de 58,23% no transporte de passageiros. Em termos acumulados no ano, representa queda de 58,61%.
A movimentação de passageiros em território nacional apresentou boa recuperação, com queda de 51,25% em outubro contra o mês no ano passado (ante queda de 60,91% em setembro de 2020 contra setembro de 2019). Já a movimentação de passageiros em âmbito internacional registrou queda de 89,81% no mês de outubro quando comparada ao mesmo período do ano passado (ante queda de 92,43% em setembro).
Esse cenário está em nova apuração na seção Indicadores de Infraestrutura, que se propõe a demonstrar a evolução da demanda em áreas estratégicas da infraestrutura, servindo como importante termômetro para atividade econômica como um todo. A avaliação semanal é realizada pela Vallya e disponibilizada para a Abdib em parceria exclusiva.
Por outro lado, a movimentação de cargas já começa a se aproximar gradualmente do patamar auferido no ano passado, registrando queda de 7,70% em outubro. Em termos acumulado, entretanto, a queda é maior: de 20,70%.
O destaque continua sendo a movimentação de cargas internacionais, refletindo a aceleração do comércio exterior, que apresentou queda de 1,60% em outubro nesta base de comparação (ante queda de 7,20% em setembro). Já a movimentação de cargas em território nacional permaneceu praticamente inalterada em comparação com o mês de setembro, registrando queda de 19,28% em outubro quando comparada ao mesmo período do ano passado.
Em termos RPK, importante indicador de demanda, outubro registrou uma queda de 69,45% em comparação com o mesmo período do ano passado (ante queda de 76,13% em setembro). Segundo a Vallya, projeções para o futuro permanecem nebulosas e até pessimistas, em função da segunda onda da pandemia já afetando importantes centros, como Europa e Estados Unidos e, possivelmente, o próprio Brasil no futuro próximo.
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