Projetos ferroviários embutem melhorias para cidades e polos de desenvolvimento

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Os projetos ferroviários em desenvolvimento pelo governo federal, sejam eles dentro do programa de renovação antecipada de concessões ou novos projetos em construção para serem concedidos em seguida, vão refletir em diversas melhorias nas cidades por onde passam e por onde passarão os trilhos.

O primeiro trecho do projeto da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), com 537 km de extensão que segue de Ilhéus, no litoral da Bahia, até Caetité, no interior do estado, vai conectar centros de desenvolvimento agrícola e mineral ao sistema portuário nacional – há um porto privado previsto para ser construído em Ilhéus. O projeto está há oito meses em análise no TCU e está 75% construído, com investimento público. Em seguida, será concedido ao setor privado por 30 anos. A necessidade de investimentos soma R$ 3,3 bilhões, dos quais R$ 1,6 bilhões para finalizar a obra.

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O projeto é importante para o país, disse Marcello da Costa Vieira, secretário nacional de Transportes Terrestre, em reunião do Comitê de Ferrovias da Abdib, realizada no dia 4 de agosto, com cerca de 30 empresários de setores de infraestrutura. “Tem capacidade de gerar renda onde a renda é mais necessária”, resumiu. “O potencial é absurdo no oeste da Bahia, região que tem 41 projetos de mineração já estudados, com níveis diferentes de maturidade”, explicou. “Essa ferrovia tem importância enorme, entendemos que o projeto está pronto, está na hora de sair do papel e virar realidade”, concluiu.

O segundo trecho da Fiol adentra ainda mais no interior da Bahia, conectando as cidades de Caetité e Barreiras. Com extensão de 485 km, o trecho tem 45% das obras prontas e foi orçado em R$ 3,5 bilhões, dos quais um terço já foi executado pela Valec Engenharia, estatal federal. O objetivo e escoar grãos e carga geral.

Conflitos urbanos – As cidades por onde passam as ferrovias atualmente concedidas, que estão em fases distintas do processo de renovação antecipada dos contratos de concessão, vão receber investimentos em melhorias urbanas. Isso as obrigações de novos investimentos das concessionárias incluem solução para conflitos urbanos históricos.

A concessão recém-renovada da Malha Paulista, administrada pela Rumo, inclui investimentos de R$ 2 bilhões para solução de conflitos urbanos em 40 municípios interceptados pela ferrovia. A renovação do contrato de concessão da MRS Logística, , caso seja aprovada, envolverá investimentos para solução de conflitos urbanos em 156 municípios da Região Sudeste por onde passa a malha férrea. Além disso, envolve a viabilização do chamado Trem Intercidades, projeto do governo paulista para transporte de passageiros sobre trilhos entre cidades.