Bancos de desenvolvimento apontam alternativas para financiamento

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O Abdib Fórum Infraestrutura Regional – Edição Norte, em Belém (PA), teve no encerramento o painel “Desafios e alternativas para concretizar investimentos”.

Neste bloco de apresentações, participaram representantes da SPPI (Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos), do BNDES, do NDB Brasil (New Development Bank Brasil), do Banpará, do Basa (Banco da Amazônia) e do USTDA (U.S. Trade & Development Bank Brasil). Assista ao vídeo completo aqui.

A dificuldade para viabilizar os projetos em infraestrutura, segundo o diretor de Desenvolvimento Regional da Acciona, Jaime Juraszek, que participou do painel como moderador, é a falta de recursos disponíveis pelas modalidades atuais de financiamento. Para atrair investidores, é preciso buscar novas formas de financiamento, em que não se exijam garantias exageradas e de risco da construção.

Governo Federal
Rafael Fortunato, da SPPI, falou da importância das reformas tributária e administrativa para a retomada do crédito no país, bem como dos novos marcos do saneamento básico e das concessões e PPPs, em tramitação no Congresso Nacional, e da atuação da iniciativa privada para ajudar a suprir a necessidade de investimentos.

Pedro Bruno Barros de Souza, superintendente na Diretoria de Infraestrutura, Concessões e PPPs do BNDES, apontou ao público do evento os três setores prioritários para o banco de fomento neste ano: saneamento, gás natural e Amazônia. Segundo Souza, não há falta de recursos, mas de bons projetos. É neste gargalo que o BNDES pode ajudar, destravando projetos e investimentos, afirmou o superintendente.

Banco do Brics
Cláudia Prates, do NDB, lembrou aos investidores que um brasileiro será o próximo a assumir a presidência do banco, em abril, o que pode torná-lo um parceiro importante para os projetos no país.

Para Prates, os principais desafios da infraestrutura no país são o déficit de serviços, que impacta na competitividade da economia; o espaço fiscal limitado, que restringe os investimentos públicos; a capacidade de planejamento dos entes públicos; e a previsibilidade, somada a instrumentos de mitigação de riscos.

Bancos regionais
O presidente do Banpará, Braselino Assunção, assim como o representante do BNDES, negou que faltem recursos para os investimentos e disse que o banco busca atuar em parceria com agências de desenvolvimento. “Tem muito dinheiro, tem muitos recursos, e a comunidade internacional tem muitos [recursos]. O que faltam, realmente, são grandes projetos”, afirmou.

Em sua intervenção, o presidente do Basa, Valdecir Tose, falou da criação, neste ano, do programa de financiamento FNO Infra, para atender a necessidade da região em investir em infraestrutura a partir de recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte. O FNO Infra financia desde saneamento a reflorestamento, logística, transmissão, geração, telecomunicações, concessões e PPPs.

EUA
O representante no Brasil do USTDA, Rodrigo Mota, enumerou os três setores prioritários para a agência norte-americana: transportes (com ênfase no setor aeroportuário), energia (transmissão, distribuição e geração, principalmente de fontes renováveis) e tecnologia da informação. Ele anunciou uma linha de recursos a fundo perdido para governos e empresas interessados em estruturar projetos nestas áreas prioritárias.

Conteúdo produzido pela Agência iNFRA para o portal da Abdib.