A Abdib realizou reunião do Comitê de Ferrovias no dia 3 de abril, em São Paulo. Entre os assuntos discutidos, empresários e especialistas avaliaram aspectos do Plano Nacional de Logística, lançado dia 21 de março.
O Plano Nacional de Logística (PNL), lançado dia 21 de março pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), foi avaliado por empresários e especialistas na Abdib dia 3 de baril, em São Paulo. O trabalho foi bem avaliado, sobretudo no aspecto ferroviário.
O PNL é um diagnóstico da logística brasileira que prevê os empreendimentos necessários para otimizar a infraestrutura de transportes no país até o ano de 2025. O plano pretende melhorar o planejamento do setor e contempla a movimentação de cargas em todo o país por modais rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário (hidrovias e cabotagem).
O plano permite também analisar projeções de demanda distribuídas na infraestrutura disponível e futura. O plano, além da publicação de um relatório com horizonte até 2025, prevê monitoramento permanente da evolução do sistema.
Em relação ao total de cargas movimentadas no Brasil, o PNL indica potencial para a participação do modal ferroviário aumentar de 15%, atualmente, para 21% (caso três projetos greenfields da carteira do PPI sejam implantados) ou para 31% (considerando os três projetos do PPI e também investimentos negociados atualmente no processo de renovação antecipada de cinco concessões ferroviárias) até 2025.
Um dos pontos nevrálgicos para o sucesso das perspectivas indicadas no PNL é a concretização dos investimentos esperados com a conclusão do processo de renovação de concessões do setor ferroviário. Estima-se que algo em torno de R$ 15 bilhões de novos investimentos podem ser viabilizados em cinco concessões existentes. A Abdib defende a conclusão do processo pelas autoridades competentes para que o país possa colher os benefícios econômicos dos investimentos e da expansão da malha ferroviária.
O PNL também incorpora os efeitos positivos da realização de investimentos em três projetos novos listados no Programa de Parcerias de Investimento (PPI): Ferrovia Norte-Sul (TO-SP), Ferrogrão e Ferrovia Oeste-Leste (Fiol). São estimados mais R$ 17 bilhões nos três projetos, todos em fase de estudos, modelagem, aprovações e audiências no âmbito do PPI.
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