Muito pouco do que é investido no Brasil em infraestrutura é financiado pelo mercado de capitais. Essa situação, arrastada por anos, persiste mesmo após a retomada das emissões de dívida e da redução do tamanho do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Estudo feito pelo Santander com base em dados do Ministério da Fazenda mostra que as emissões de debêntures de infraestrutura – instrumento de captação de recursos para projetos considerados prioritários pelo governo, criado em 2011 pela Lei 12.431 – alcançaram R$ 9,1 bilhões no ano passado. O montante correspondeu a uma parcela de apenas 12,6% do total de investimentos relativos às obras enquadradas na lei.