O clima de apreensão é compartilhado por representantes da indústria petrolífera. Antônio Guimarães, secretário-executivo do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), que reúne as empresas do setor, receia que a interlocução com o governo caia num vácuo em meio à discussão política sobre o impeachment.
— O risco é de não termos interlocutor. Minha preocupação é com uma certa paralisia do Congresso. Se todo mundo ficar focado nessas discussões políticas e não olhar a nossa pauta para poder debater e aprovar projetos que têm que ser aprovados, como a obrigatoriedade de a Petrobras ser operadora única no pré-sal, essa agenda não vai ser resolvida. E ela é importante para atrair investimentos privados para o setor — disse Guimarães.