
O Banco Central acertou em agir rapidamente no sentido de reduzir os juros para tentar manter uma perspectiva razoável de crescimento da economia, sabedor que, mais cedo ou mais tarde, as conseqüências dos problemas econômicos nos países mais ricos chegarão ao Brasil com intensidade maior.
Nos últimos anos, há consenso de que o Banco Central conquistou independência na tomada de decisões, contrariando os governos e os empresários inúmeras vezes face ao objetivo maior de controlar a inflação presente e futura.
Desta vez, diante da realidade e das perspectivas no cenário interno e internacional, o BC adotou uma posição que encontrou aplausos no setor empresarial. Vejo como uma decisão técnica, tanto agora como em outras, no passado.
Na economia, os países podem sofrer tanto impactos negativos quanto positivos a partir da aplicação de medidas técnicas prudenciais ou arrojadas. O nosso banco Central estudou os indicadores e os cenários e agiu preventivamente para manter perspectivas de crescimento razoáveis para o Brasil. É isso. O resto é esquizofrenia.