A não publicação do edital de concessão de serviços da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) neste ano poderia inviabilizar sua licitação, afirmou ontem Fábio Abrahão, diretor de Infraestrutura, Concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em seminário sobre saneamento transmitido pela internet, o executivo disse que seria necessária a publicação do edital até 18 de dezembro, já com a aprovação formal dos prefeitos de municípios incluídos no processo.
Falhas múltiplas levaram a apagão no Amapá, aponta relatório do ONS
O blecaute que atingiu o Amapá na noite de 3 de novembro – e que ainda limita o atendimento de energia no Estado – está relacionado a uma “contingência múltipla” que afetou por completo o funcionamento da subestação de Macapá, onde um dos equipamentos explodiu em uma tempestade. O Relatório de Análise de Perturbação (RAP), elaborado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), registra um conjunto de falhas das usinas e da rede de distribuição que suprem o Estado.
Parceria com iniciativa privada não é privatização do rio São Francisco, diz Bolsonaro
Após a Folha revelar que o governo quer entregar a transposição do rio São Francisco para a iniciativa privada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a parceria planejada “não é uma privatização”. “A parceria com a iniciativa privada não é uma privatização. Estudamos uma alternativa para a eficiente operação e manutenção do sistema. Não abriremos mão das decisões sobre o uso da água e do patrimônio construído pelo governo federal”, escreveu o presidente nas redes sociais.
Impasse no Senado trava projeto que abre mercado livre de energia para consumidor
Um projeto de lei que abre caminho para empresas e pessoas com baixo consumo escolherem seus fornecedores de energia no mercado livre está parado há oito meses no Senado. Sua tramitação foi interrompida logo após a aprovação da proposta pela Comissão de Infraestrutura da Casa. A comissão aprovou a medida em caráter terminativo e determinou que fosse enviada diretamente à Câmara dos Deputados, mas um recurso do senador Jean Paul Prates (PT-RN), pedindo que fosse votada em plenário, impediu que isso ocorresse. Sem relator designado para encaminhar a discussão, o projeto ficou parado.
Evidências de espionagem revelam hipocrisia da pressão dos EUA no 5G
Desde a década de 90 sabe-se que a suíça Crypto AG tinha ligações com a inteligência americana (a CIA chegou a controlar a empresa). Mesmo assim, o Brasil não parou de comprar seus sistemas de criptografia para proteger as comunicações das Forças Armadas. Há registro de negócios feitos até dezembro do ano passado. Espionagem é um item condenável, mas sempre presente no jogo das relações internacionais. E os americanos não deixam de lançar mão dela quando interessa, como mostram os grampos da NSA dirigidos ao Planalto no governo Dilma Rousseff.
BNDES quer lançar edital da Cedae até 18 de dezembro, mas Cláudio Castro diz que ainda é preciso esclarecer dúvidas
O processo de concessão dos serviços de água e esgoto da Cedae atravessa um “caminho crítico”, porque está perto do “momento de decisão”, diz Fábio Abrahão, diretor de Infraestrutura, Concessões e PPPs do BNDES. Pelo cronograma do banco, a publicação do edital do leilão está marcada para 18 de dezembro. O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirma que apoia o processo, mas é preciso deixar claro se ele será um bom negócio para o Etado e para a população, de forma a não pedir aporte de recursos públicos na nova Cedae adiante.
Petrobras e fundos estão longe de acordo
Divulgada pela Petrobras há pouco menos de duas semanas, a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que anulou a arbitragem instaurada por Petros e Previ na B3 está longe de representar um ponto final na disputa entre os fundos de pensão e a petroleira. Na quinta-feira passada, a petroleira deu entrada num embargo de declaração – um pedido de esclarecimento – sobre pontos da sentença judicial, inclusive com relação à troca dos árbitros, conta fonte que acompanha o caso de perto.
Usina a gás seria solução menos poluente
Uma das soluções defendidas por analistas do setor de energia para garantir o suprimento de energia elétrica à região Norte e evitar as chances de apagões é a ampliação do uso de termelétricas a gás na base do Sistema Interligado Nacional (SIN). Menos poluente do que as térmicas a diesel, as térmicas a gás garantem o fornecimento de energia não intermitente ao sistema, ao contrário de outras fontes com menos emissões de carbono, como eólica e solar, que dependem de condições naturais como a incidência do sol e a força dos ventos para a geração.
Ribeirinhos da Amazônia passam a ter energia limpa
A reserva extrativista Vila Restauração, no rio Juruá, um afluente do Solimões, no Acre, tem 750 moradores que hoje usam gerador a diesel para ter energia elétrica. Um projeto conduzido pela Energisa no local vai substituir o diesel caro e poluente pela energia solar e, ao mesmo tempo, garantir o suprimento contínuo de energia. A unidade solar, com armazenamento em baterias, será operada à distância, por satélites e terá um sistema de “backup” a base de biodiesel.
Apagão no Amapá municia grupos contra privatização
O trágico apagão no Amapá e a entrada da Eletronorte em cena para restabelecer o fornecimento de energia deram mais munição aos grupos que, desde sempre, atuam contra a privatização da Eletrobras no Congresso Nacional. Pior ainda, o tema foi politizado: subiu no palanque eleitoral de Macapá. Para adicionar incerteza, a disputa pelas mesas diretoras da Câmara e do Senado dificulta as discussões sobre o tema. Mas esta deveria ser uma oportunidade para destravar o debate.
Aporte de R$ 80 milhões da União vai bancar isenção de conta de luz no AP
O presidente Jair Bolsonaro assinou neste fim de semana a Medida Provisória (MP) que prevê aporte de R$ 80 milhões pela União para compensar a isenção no pagamento de energia pelos moradores do Amapá, que sofrem há três semanas com um apagão. O recurso vai bancar 30 dias de gratuidade, retroativos à data de assinatura.
Uma nova matriz elétrica para os confins da Amazônia
A reserva extrativista Vila Restauração, às margens do rio Juruá, no Acre, é uma das comunidades isoladas da Amazônia que vão receber energia elétrica de fonte solar, com baterias e um sistema de “backup” de geradores movidos a biodiesel. A usina fotovoltaica será operada à distância, por satélite. Hoje, seus 750 moradores usam um gerador a diesel entre 19h e 22h, horário das telenovelas. Levar eletricidade a essa vila significará a possibilidade acesso a internet e maior segurança.
BNDES renegocia dívida para privatizar distribuidora de energia no Amapá
Na vitrine Enquanto o Amapá sofre com as consequências dos apagões ocorridos neste mês, os estudos para a privatização da CEA, a distribuidora de energia do estado, avançam no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Um dos principais pontos que ainda estão em discussão é a dívida de R$ 2 bilhões da companhia estatal. O banco de fomento busca uma renegociação com o estado e os credores da empresa para garantir a atratividade do ativo quando for à venda.
Governo quer privatizar serviços da transposição do São Francisco em 2021
Marca das gestões do PT na área de infraestrutura, a transposição do rio São Francisco deve ser entregue à iniciativa privada pela gestão Jair Bolsonaro no próximo ano. O governo planeja fazer o leilão de concessão em julho de 2021. A empresa vencedora cuidará da operação dos reservatórios, estações de bombeamento e 477 quilômetros de canais, que alcançam quatro estados do Nordeste —Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
Projeto de estrada também depende de obras no Peru
O desejo dos parlamentares acreanos de prolongarem a BR-364 até a fronteira do Brasil com o Peru não significa, na prática, nenhum acesso imediato às praias do Pacífico. Embora o governo brasileiro defenda que sua meta é ligar a nova estrada à cidade de Pucallpa, a realidade é que o município peruano está a 103 quilômetros distante da fronteira com o Brasil e, assim como ocorre em solo nacional, o caminho do lado de lá também é de mata fechada. O Peru, portanto, teria de ter a mesma inspiração do governo Bolsonaro para abrir sua floresta até alcançar o lado brasileiro.