Ministro pede atitude do empresariado e otimismo com o setor de infraestrutura

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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, pediu atitude do setor empresarial e uma postura otimista sobre o país pelo que vem sendo feito no governo do presidente Jair Bolsonaro. Tarcísio de Freitas estava na mesa de especialista sobre Transportes do Abdib Fórum 2019 – Estratégias para a Retomada da Infraestrutura.

Freitas apresentou rol de ações tomadas pelo ministério nos primeiros meses do governo e os planos que estão em andamento, como as concessões de novas rodovias, privatização de portos e a renovação de concessões ferroviárias. “As coisas estão acontecendo e não estamos comemorando”, disse o ministro citando, por exemplo, a programação do leilão de Cessão Onerosa que será o maior do mundo no setor de óleo e gás.

Ele lembrou que os leilões realizados este ano mostraram que há interesse dos investidores nos projetos do país. Freitas disse que esse interesse continua, mas que é necessário que as reformas continuem para que venham mais investimentos, citando especialmente a reforma da Previdência, para reduzir os riscos para os projetos.

Tarcísio de Freitas afirmou que tem confiança de que a reforma será aprovada e que os problemas que estão ocorrendo na relação do governo com o Congresso são por causa da coragem do presidente Jair Bolsonaro de mudar a relação com os parlamentares, o que permitiu a ele montar uma equipe qualificada, capaz de fazer as entregas planejadas pela pasta.

Freitas pediu mais protagonismo das empresas para liderar os processos de mudanças do país e voltou a repetir que não quer “fazer parte da geração que não fez”. Ele disse ainda que está pensando em desistir da unificação das agências reguladoras de transportes.

Infraero
Presente na mesa, a presidente da Infraero, Marta Seillier, apresentou em sua fala as mudanças que está preparando para reposicionar a empresa no que ela chama de “incubadora de aeroportos regionais do país”.

Segundo ela, após o processo de concessão das atuais unidades administradas pela empresa, a Infraero vai usar sua expertise para desenvolver os mais de 500 aeroportos regionais do país que hoje não recebem voos. Uma companhia está pedindo para voar, hoje, para 30 aeroportos que estão fechados, de acordo com Seillier.

Portos
Já o diretor-geral da ANTAQ, Mário Povia, apresentou em sua fala o direcionamento que o governo quer dar para o setor de cabotagem, que segundo ele é uma “BR que o ministro Tarcísio não precisa asfaltar”.

Para Povia, será necessário melhorar os processos de multimodalidade para incentivar esse tipo de transporte no país que vem crescendo, mas que ainda estão em nível baixo.

Povia também apontou o direcionamento da Agência em reduzir a burocracia para as administrações portuárias e que as atuais diretorias das companhias Docas são técnicas e estão estruturando um processo de melhoria dessas empresas, que terá que passar necessariamente pela concessão das dragagens.

Mobilidade
O secretário Nacional de Mobilidade do Ministério do Desenvolvimento Regional, Jean Pejo, apresentou projetos que estão sendo tocados no setor em conjunto com o ministério da Infraestrutura, principalmente no setor de ferrovias.

Pejo anunciou ainda o projeto do Retrem, uma linha de financiamento de 25 anos, com juros de 5,5% ao ano para renovação dos trens. “Em 10 trens de 6 carros do Metrô de SP se transportam 200 mil passageiros dia. E esses 10 trens representam de 3 a 4 mil empregos para a indústria nacional”, disse Pejo.

Conteúdo produzido pela Agência iNFRA especialmente para o portal da Abdib.