Para Abdib, 8º Fórum Mundial da Água conseguiu conversar com sociedade sobre gestão dos recursos hídricos

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A oitava edição do Fórum Mundial da Água, realizada em Brasília entre 18 e 23 de março, obteve resultados expressivos. Alguns números evidenciam essa constatação. Nos sete dias de funcionamento das instalações do evento – a Vila Cidadã foi inaugurada no dia 17 – a participação da sociedade foi expressiva: 120 mil pessoas registradas de 172 países diferentes. E boa parte delas visitou o evento mais de uma vez.

A Vila Cidadã, espaço criado pela edição brasileira com diversas atividades lúdicas, sensoriais e interativas, atraiu mais de 105 mil pessoas e contribuiu para a quebra do recorde de audiência das edições anteriores, até então de 40 mil pessoas. “As instalações da Vila Cidadã conseguiram cumprir muito bem uma das primeiras exigências que nós, organizadores, nos impusemos: trazer a sociedade para o evento e engajá-la nos temas que orbitam a gestão e o uso dos recursos hídricos”, avalia Venilton Tadini, presidente-executivo da Abdib.

Entre 105 mil pessoas que visitaram a Vila Cidadã e a Feira (espaço com estandes de empresas e instituições apresentando tecnologia e iniciativas diversas), ambos gratuitos, mais de 60 mil eram crianças e estudantes, além de 3,5 mil professores. “Esses públicos vão reverberar o que viram, ouviram e aprenderam, vão pesquisar mais sobre o assunto a partir da interação que tiveram, e vão continuar discutindo esses temas”, disse Tadini.

O Fórum contou ainda com mais de 300 sessões temáticas que debateram diversos pontos de vista sobre questões envolvendo a gestão e o uso dos recursos hídricos.

Processo democrático – Em coletiva de imprensa para avaliação dos resultados do 8º Fórum Mundial da Água, Ricardo Andrade, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e diretor-executivo do 8º Fórum Mundial da Água, destacou o processo democrático e colaborativo de construção do evento, que contou com muitas vozes, sendo conduzido por mais de 1.500 organizações no mundo inteiro, com mais de 40 países representados.

Benedito Braga, presidente do Conselho Mundial da Água e secretário de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, foi categórico em dar a dimensão do evento no Brasil. “Este fórum é sem dúvida o maior da história dos fóruns mundiais da água”, declarou. Para ele, isso mostra que água está se tornando um tema importante não só para os técnicos que trabalham na área, mas também para o cidadão e para a classe política.

Paulo Salles, copresidente do Comitê Organizador Nacional do 8º Fórum Mundial da Água, ressaltou que a Vila Cidadã, inovação desta oitava edição, cumpriu o papel de ser um ambiente de lazer e de educação. “Temos certeza que as pessoas levarão essas experiências para a vida”, disse ao comentar sobre as diversas atividades integrativas oferecidas na Vila.

Na mesma linha, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, destacou que a Vila atingiu o objetivo de democratizar o acesso ao Fórum. De acordo com ele, “foi uma das condições colocadas pelo Brasil para sediar a oitava edição”.

 

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